Instituto Coluna Vertebral
Fibromialgia
Fibromialgia
Dr. Pablo Dias, Especialista em Traumato-ortopedia e também em Quiropraxia pelo COFFITO.
Os pacientes normalmente sentem fortes dores em todo o corpo e articulações, de maneira frequente associado a um cansaço, sono não reparador e alterações no humor. Outros sintomas comuns são cansaço excessivo, fadiga e distúrbios do sono. Trata-se de um problema comum compondo cerca de 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.
Cerca de 30% dos pacientes de fibromialgia são homens e por isso consideramos que esta é uma doença “feminina”, mas não existem dados científicos que justifiquem esta prevalência. Como esta síndrome está presente tanto antes como após a menopausa, não se vê uma relação com alterações hormonais que justifique a maior incidência em mulheres.
Acredita-se que os pacientes com fibromialgia apresentem maior sensibilidade a dor que outras pessoas e em geral no exame físico se percebe que estes pacientes apresentam maior sensibilidade ao toque, na palpação dos tecidos moles.
Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da FM tendam a incluir mais mulheres. A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.
Podemos considerar que a Fibromialgia é uma síndrome clínica, pois apresenta um conjunto de manifestações típicas, mas em geral se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura, associada a cansaço, um sono que não repara e faz com que a pessoa acorde já bem fadigada devido a um “sono não reparador” . Outros sintomas comuns estão relacionados com alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.
Não existem exames de sangue ou exames de imagem que possam comprovar a existência da fibromialgia, por isso é comum que pacientes com fibromialgia procurem especialistas na área musculoesquelética com muitos exames, como se houvesse uma busca do paciente pela causa do seu problema.
Devo citar que é comum solicitarmos exames diagnósticos para descartar algumas patologias e por exclusão alcançar o diagnóstico de Fibromialgia.
Claro que existem condições musculoesqueléticas que são mais comuns em pacientes com fibromialgia como síndrome do túnel do carpo e bursite subtrocantérica, mas o diagnóstico da fibromialgia é baseado na história da doença, na manifestação de sinais e sintomas enfim, baseado na clínica do paciente.
O diagnóstico de fibromialgia conforme as diretrizes atuais não deve ser baseado em número de pontos, mas sim através de questionários específicos que são cientificamente validados, associados a avaliação e acompanhamento clínico. Sabemos que em geral os pacientes apresentam diante do diagnóstico, dor por mais de três meses em todo o corpo e presença de pontos dolorosos na musculatura. Se deve considerar no diagnóstico pontos importantes, como a depressão, alteração do sono (95% dos pacientes) e fadiga. Os pacientes também apresentam dor difusa no corpo e alguns se queixam de dor até mesmo para serem abraçados e baixa tolerância a exercício físico. O sono dos pacientes tende a ser superficial e está relacionado com alteração na fase REM, (Rapid Eye Moviments), ou fase de movimento rápido dos olhos.
A dor na fibromialgia envolve mecanismos de difícil compreensão e não está ligada principalmente a eventos inflamatórios, mas sim relacionados a percepção, histórico e aprendizado relacionado a experiência dolorosa de cada indivíduo. Não se compreende todos os mecanismos que envolvem esta patologia, mas certamente se relaciona com alterações na percepção dos estímulos dolorosos em interação com o sistema nervoso central.
Abaixo cito alguns possíveis comprometimentos de pacientes com fibromialgia.
1. Memória
2. Força muscular, mobilidade, alteração no desempenho nas atividades física e laboral
3. Atenção e aprendizado
4. Relacionamento com familiares, pessoas no trabalho e vida social
5. Alterações de humor, no sentido de se tornar mais retraído, mais prostrado e menos interativo com as pessoas.
6. Demonstra estar em sofrimento físico e ou psíquico.
Tratamento
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