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Hérnia de Disco e Ciatalgia

Hernias discais ocorrem quando há algum nível de deslocamento ou volume do disco vertebral, devido a perda de integridade de sua estrutura histológica. Os discos intervertebrais são estruturas existentes entre cada vértebra com o objetivo de gerar mobilidade e estabilidade entre cada osso da coluna vertebral. Em alguns casos o estresse biomecânico, entre outros fatores ambientais levam a lesão dos anéis internos dos discos intervertebrais e alteração da mobilidade do segmento vertebral que pode gerar compressão de raízes nervosas gerando dor e incapacitação.

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Uma hérnia de disco pode gerar sintomas distintos, conforme o segmento da coluna que está afetado. Se ocorrer na coluna lombar, em geral gera sintomas nas pernas, e se ocorrer na região do pescoço (coluna cervical) pode causar dores no pescoço, dor irradiante nos braços, dores nos ombros e dormência ou formigamento nos braços ou mãos. Assim uma hernia de disco poderá comprometer a função do sistema nervoso periférico levando a uma ciatalgia ou cervicobraquialgia. A cervicobraquialgia é uma condição de dor na região cervical que é distribuída pelos membros superiores, causada pela compressão nervosa na região cervical.

 

Em geral uma hérnia de disco causa sintomas por 4 a 6 semanas e se não levar a compressão radicular (compressão dos nervos que saem da coluna) , não trará grandes consequências ao paciente.

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 Tipos de Herniação Discal

  1. Abaulamento discal: O abaulamento discal consiste na primeira fase característica da hérnia de disco, indicando um grau de degeneração inicial da doença. Uma das principais causas do surgimento do problema é o envelhecimento, ou seja, o processo de degeneração causado pelo rompimento das fibras do anel fibroso.

  2. Protrusão discal: Este é o tipo mais comum e se caracteriza pelo fato do núcleo do disco se alargar, mas permanecer intacto, embora o mesmo já tenha perdido seu formato oval. E, devido ao alargamento, as paredes do disco poderão tocar em regiões e áreas de grande sensibilidade nervosa, causando dores e incapacidade de realizar alguns movimentos.

  3. Hérnia de disco extrusa: Este caso é grave, pois o núcleo do disco já se encontra deformado, fragmentado ao ponto do núcleo pulposo perder completamente seu formato original e ficar parecendo uma “gota”. Quando há esse rompimento do disco, o líquido gelatinoso sai por meio de uma fissura na membrana, perdendo o contato entre os fragmentos e seu meio interno.

  4. Hérnia de disco sequestrada: Este tipo é mais grave ainda, porque o disco já está tão danificado que pode chegar a partir ao meio. Quando esse rompimento acontece, o líquido gelatinoso adentra o canal medular e pressiona a raiz nervosa, causando compressão contínua e inflamação. Este tipo de hérnia é o que provoca a chamada “dor química”, pois quando o líquido gelatinoso está fora do seu ambiente natural, suas propriedades químicas ácidas provocam dores insuportáveis.

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Hernias discais podem regredir?

A resposta é sim e quanto maior a hernia maior é a chance de regressão.

  • Sequestro – 96%

  • Extrusão – 70%

  • Protusão – 41%

  • Degeneração – 13%

Alguns estudos apontam que a regressão das hérnias extrusadas é de 15% e das hérnias sequestradas é de 43%. Não parece muito, mas é o suficiente para deixarem de lhe provocar os sintomas que são incapacitantes, como a dor.

Claro que estes dados modificam em diversos estudos, ainda conforme a população, pois existem questões genéticas, e também ambientais ligadas a cada população.  No Reino Unido, esta percentagem é de 82,94%. No Japão é de 62,58% e, no geral (do estudo), a taxa de regressão das hérnias discais é de 66,66%.

Sintomas:

1. Dor nas costas há mais de três meses;

2. Dor nas costas durante o sono noturno, que permanece ao acordar;

3. Dificuldade para ficar sentado corretamente (coluna ereta) por mais de 10 minutos;

4. Fraqueza em uma das pernas ou nas duas;

5. Formigamento, dor ou dormência nos braços e pernas;

6. Incapacidade de ficar de ponta de pé com uma das pernas;

7. Dificuldades extremas para segurar a urina;

8. Redução do rendimento e desânimo para a realização de atividades rotineiras;

9. Dores de cabeça associadas a dores na região da nuca, que se estendem para os ombros;

10. Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.

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Ciatalgia e a Hernia Discal

 

Ciatalgia consiste em dor no nervo isquiádico. Isso normalmente resulta da compressão das raízes nervosas lombares na região lombar inferior. O mais comum é ocorrer uma ciatalgia devida a uma hérnia de disco, que se situa na região lombar. Esta hérnia efetivamente gera compressão nas raízes lombares que forma o nervo isquiático

 

 As causas comuns incluem discopatias, osteofitose e estreitamento do canal medular (estenose medular). Os sintomas são dor irradiada das região glútea percorrendo a região posterior do membro inferior até o pé. O diagnóstico é feito por RM ou TC. Eletromiografia e estudos de condução do nervo ajudam a confirmar o nível afetado. O tratamento é feito com sintomáticos e, às vezes, cirurgia, particularmente se houver deficit neurológico.

Hernia Discal Medial e Lateral: SHIFT

 O desvio lateral (também chamado de “lateral shift”) pode ser explicado como um mecanismo (ativo ou reflexo) utilizado para evitar a compressão ou irritação de determinada inervação através principalmente de espasmos e contraturas musculares. Pacientes que classificam neste grupo recebem técnicas de exercícios de desvio lateral para corrigir o desvio e também são direcionadas a tração mecânica ou auto-tração.

Como apresentação clínica, o paciente que se encaixa neste grupo apresenta como características o claro desvio no plano frontal dos ombros em relação a pelve e a preferência para movimentos de translação (deslocamento) lateral da pelve. O desvio lateral pode ser para a esquerda ou para a direita e pode ser para o lado dominante de dor (ipsilateral) ou afastando-se do lado da dor (contralateral). A maioria dos pacientes afetados apresenta um desvio contralateral.

Tratamento

 

Aqui no instituto coluna vertebral desenvolvemos através de 20 anos de experiência clínica um protocolo multimodal associando diversos recursos e um manejo clínico muito especial para alcançar os melhores resultados para Hérnia Discal.

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